Abrem-se as gavetas, um pulso forte faz jorrar poesia, mista em seus sabores; o doce e o amargo circulam entre rimas de riqueza rara e nos deixam com a boca cheia d'água, ou de vinho, como que diante do prato feito. O verbo escolhe a língua, e serpenteia sob o nosso olhar, insinuante, faceiro, suscitando o toque, nos convidando para o braile. Os sons provocam vertigens, tingem, atingem-nos com uma ternura quase que palpável, assim como "baila a rima e paira: bailarina".