A grande pertinência deste livro confirma a sua própria tese: o campo da sexualidade não escapa do jogo de poder, desequilibrado e desigual, que rege as relações entre homens e mulheres. Nos últimos tempos, novas exigências pesam sobre o comportamento sexual feminino desde sempre policiado e controlado. Em nome do empoderamento e da premissa do consentimento, é esperado que as mulheres manifestem com clareza os seus desejos. No entanto, nem sempre eles são imediatamente reconhecíveis. Enquanto isso, os homens continuam insistindo que sabem o que as mulheres e os seus corpos querem e a violência sexual explode em toda parte. O autoconhecimento deve ser uma condição para estarmos a salvo da violência?