A presente obra utiliza algumas categorias marxianas e weberianas como as proposições críticas da economia política que permitem uma desconstrução decisiva de certos postulados das ideologias sociais e econômicas disseminadas nas relações sociais capitalistas. A crítica é construída pela interpretação de conceitos da filosofia político-econômica existencial marxiana, como racionalização e dominação, que surgem com o propósito de busca de uma maior inteligibilidade compreensiva do mundo do trabalho contemporâneo, através da sua adequação a critérios de segurança, previsibilidade e racionalização de expectativas. Assim, a reflexão acerca da categoria trabalho orienta a presente obra com o intuito de captar algumas tendências básicas do capitalismo, seletivizadas por esses autores, que servem ao propósito contextualizador e não justificador do presente visando a um entendimento adequado das mudanças que atingem o mundo do trabalho, considerando a imprescindível necessidade de relativização, que se orienta pela criação de um conjunto de possíveis afinidades seletivas com critérios que orientem uma interpretação adequada do quadro contemporâneo de internacionalização econômica - denominado de globalização ou mundialização -, por meio da afirmação recontextualizadora de algumas das tendências captadas pelas conceituações efetuadas por Karl Marx e Max Weber em suas situações históricas singulares.