Que Força Estranha é essa que nos impele seguir após uma perda, com a dor escorren­do dos olhos e gravada dentro de si? Mesmo tendo a consciência que poucos voltarão para prestar socorro após o salve-se quem puder, quando surge O Jacaré na beira da lagoa. Macacos me Mordam se aparecerem mais que os dedos da mão. Entretanto, sempre ha­verá alguém, por mais maluco ou simplório pa­reça, para juntar os restos deixados pelas ruas após mais um Réveillon. É preciso a esperan­ça de um Ano Novo, apesar das perenes triste­zas e novos desencontros, além dessa Pobre­za sem fim. Abram o seu Portal do Tempo e não temam a Vida, nem mesmo diante do risco da morte a um sonho de voar ao Sol ou flutuar de uma janela. Percebam que a RESISTÊNCIA é feita de gestos pequenos, como os versos e poemas deste livro. Dia após dia.