A excelente coletânea organizada pela Profa. Maria Orlanda Pinassi, desenvolvida através dos estudos vinculados ao Grupo de Pesquisa Trabalho, movimentos sociais e sociabilidade contemporânea (também coordenado pela autora) integra estudiosos latinoamericanos e nacionais que têm se dedicado à crítica da lógica que preside a (des)sociabilidade regida pelo sistema de metabolismo social do capital. Com sua configuração assumida particularmente nas últimas quatro décadas, essa lógica destrutiva vem acentuando exponencialmente sua face de destruição, tanto em relação à humanidade que trabalha, quanto à natureza esse um dos eixos estruturantes deste livro onde a depredação ambiental é mais a regra do que a exceção, como a tragédia de Mariana, nas Minas Gerais de nossos dias tristemente reitera. E isso para não falar da lógica destrutiva em sua feição mais pura, a das guerras, como estamos presenciando neste momento, onde a ação belicista é a resposta única encontrada pelo Ocidente, sem sequer minimamente enfrentar a raiz da problemática, que começa com a invasão e saque ocidental para controlar as riquezas minerais e fósseis do Oriente e para impor o modo ocidental que vida que se quer generalizar belicisticamente pelo mundo afora. Descuidando-se completamente das condições de vida e sociabilidade da juventude islâmica que existe em grande contingente no mundo ocidental e que é desprezada e tratada como sendo composta por cidadãos de segunda classe, imigrante e em grande medida excluída da festa ocidental. Neste cenário desolador, a América Latina se integra à chamada mundialização do capital destruindo-se socialmente, vendo expandir uma dose intensificada de (super)exploração do trabalho, uma regressão sem precedentes à produção de commodities, o hiperavanço e à devastação das mineradoras e do agrobusiness, a demolição das culturas comunitárias indígenas, a apropriação das riquezas naturais (como o aquífero Guarani), dentre tantas outras destrutividades que o [...]