A Economia Comportamental é uma das áreas da Economia que mais desperta o interesse pela pesquisa. Essa abordagem tem servido para embasar políticas públicas mais concatenadas com a realidade, buscando resultados impactantes na vida das pessoas. O tema proposto pelo autor tem enorme relevância, inclusive porque, nas últimas duas décadas, as pesquisas nessa área comportamental foram contempladas três vezes com o prêmio Nobel de Economia. A formulação de políticas baseadas em evidências é uma das principais contribuições da Economia Comportamental, disciplina que resulta da incorporação, pela Ciência Econômica, do desenvolvimento de teorias e descobertas empíricas nas áreas da Psicologia, da Neurociência e de outras Ciências Sociais. Seu objetivo é melhor compreender o comportamento econômico e o bem-estar dele resultante, partindo da crítica à teoria econômica tradicional, para quem a tomada de decisão baseia-se na teoria da escolha racional. A Economia Comportamental, ao contrário, ao analisar dados e coletar evidências, entende que os humanos nem sempre (ou nunca) se comportam de forma completamente racional, sendo suas decisões governadas por heurísticas, vieses cognitivos, pela emoção, pelo contexto e por diferentes tipos de incentivos.