O livro de alma Gottlieb trata da infância de bebês que são parte de uma cultura na qual os nascimentos não são vistos como o início de uma vida nova. Entre os Beng, uma tribo do oeste da África, acredita-se que, longe de ser uma tábula rasa, uma criança inicia sua vida repleta de conhecimento espiritual. A autora defende o respeito que a psicologia deve ter em relação aos significados que as pessoas trazem cotidianamente para suas vidas, mostrando como a religião afeta todos os aspectos das práticas de criação entre os Beng. O livro desafia o leitor a imaginar como seria a vida se víssemos que cada recém-nascido surgiu não de um útero ou de um “lar” sem problemas, mas de um espaço culturalmente construído de história prévia, neste caso, de uma vida pós-morte.