A profundidade da mudança cultural e a inaudita novidade do horizonte que nesta mudança epocal se abre diante da humanidade, exigem que se repense uma religião que conta sua duração não mais por séculos, mas por milênios. A duração é, sem dúvida, um credencial de seriedade na riqueza e nos conteúdos. Mas não se pode ignorar seu perigo: o tempo endurece as instituições, desgasta as palavras e pode deformar, esvaziar ou até mesmo perverter o sentido genuíno dos conceitos. A obra apresenta tentativas de sair ao encalço desse perigo, procurando recuperar o sentido original para que a fé torne-se intelectualmente significativa e possa ser vivida e praticada culturalmente. Para isso, o autor procura refletir sobre a problemática que, a partir da Modernidade, apresentou-se à religião cristã e também sobre as novas formas de espiritualidade, o problema da linguagem teológica, a relação entre fé e ciência. Procura, então, enfrentar a seguinte questão em poucas palavras: seremos, na (...)