Numa pequena cidade portuguesa, Susana sofre um AVC. Os médicos decretam sua morte cerebral ao mesmo tempo que anunciam sua gravidez de doze semanas causa provável do acidente vascular. Francisco, o marido, começa então o diário do seu luto, que vai de maio a outubro, porque decidem não interromper a gestação. Francisco falará então do que é viver a morte anunciada, com todas as circunstâncias que o levaram até ali e que diariamente tem de enfrentar. Entre cada um dos meses, uma véspera se anuncia. Cada uma delas é composta por uma carta, cujo conjunto percorre trinta anos da vida de pessoas ligadas intimamente ao casal e vai explicar muito do que agora se passa.