A imagem que da Europa clássica aqui se revela não se ajusta aos esquemas tradicionais, e as familiares figuras dos soberanos e dos militares esbatem-se no horizonte duma época estudada, antes de mais, a partir da realidade das suas estruturas profundas, desembocado nas promessas que inauguram as descobertas da tecnologia e da ciência. Possuindo, por si mesma, força e unidade, esta exposição faz constantemente sentir como, sob o extenso mosaico dos factos, a civilização abordada exprime uma personalidade própria, sedutora e algo trágica. Toda a obra se centra na oposição entre o conservadorismo tenaz duma civilização material espantosamente estável e a explosão revolucionária das obras do espírito. E é sobre este contraste fundamental que um foco de luz, voluntariamente brutal e revelador, incide.