O presente livro marca o encontro da reflexão entre a filosofia e a clínica. Os textos buscam uma conversação com a esteticidade desconstrutiva presente nos jogos de linguagem, retóricas mestiças e manifestações delirantes. O sentido da crise pessoal expõe a multifacetada realidade em instantes de tornar-se. É possível o encontro clínico ser a estrutura doadora de sentido para aquilo ainda sem tradução. O viés discursivo da singularidade costuma oferecer matéria-prima para decifrar as interdições pessoais. Sua expressividade distante dos consensos aponta um sujeito a ensaiar novas frequências existenciais. As referências à natureza sem nome, um pouco antes de ser possibilidade, se esboçam em estilo próprio. O ser constitutivo da irrealidade se oferece num vocabulário incomum. Em seus rascunhos atualiza as narrativas e reencontra seus outros, na face de um agora passando. A magia da interseção entre realidade e ilusão indica um descobridor de raridades.