Na vida, cedo ou tarde, todos nós encontramos um sacerdote. E todos, embora admirando a coragem de uma "opção extrema", constatamos as dificuldades para viver essa opção em relação à modernidade. Na condição de não crente, Vittorino Andreoli realiza uma viagem atenta e respeitosa entre os "homens de Deus" do nosso tempo. Um itinerário no qual são narradas a vida, as histórias e as fadigas de muitos sacerdotes. Histórias de padres anônimos, que vivem nas periferias das grandes cidades e nas paróquias do interior. Homens generosos, mas em crise de identidade, de vocação, de solidão. Padres que, às vezes, dão ibope e, às vezes, provocam escândalo. Padres dos quais o psiquiatra se ocupou também na condição de profissional. São páginas ricas de humanidade, que não descuram perguntas incômodas: Por que seminários sempre mais vazios? Por que tantos padres cansados e infelizes, que não conseguem aproximar as pessoas e sobretudo os não crentes? Página após página, a análise se abre a uma reflexão sobre nossa sociedade: sobre a grande "procura de sagrado" do nosso tempo e sobre a fadiga da Igreja em responder sobre a necessidade de reencontrar fragmentos de sentido ao não-sentido que se alastra, sobre a necessidade de reencontrar lugares e tempos para cultivar valores preciosos. Uma leitura iluminadora para crentes e não crentes. Uma contribuição original para o debate lançado pela Igreja por ocasião do "Ano sacerdotal".