Leonora nunca entendeu as meias-explicações do avô. Não poderia. Mas, agora, pelo menos sabia por que Martiniano precisara lhe contar essa história. Foi porque, apesar de ele dizer que não acreditava que a Espada Turca voltasse, que a havia afastado, e a todo o perigo, para sempre, sabia muito bem que era possível estar enganado. E, de fato, estava. Ainda mais que, depois da morte do avô, os pais da garota receberam uma visita algo sombria. Uma empregada, que cuidava da casa do velho Martiniano, mas que agora, justamente, estava desistindo do emprego. Ela bem que avisou: Se eu fosse vocês - e fez uma pausa, olhou para +os lados como se vigiasse se havia mais alguém na sala, e só então continuou. - Não deixava a garota nunca mais entrar naquele lugar.