Mariana Coelho chega ao Brasil nos fins do século XIX, passando logo a contribuir para a imprensa local de Curitiba, com suas poesias e crônicas, abraçando, logo, a causa feminista e inserindo-se entre intelectuais como Rocha Pombo, Dario Vellozo, Julio e Emiliano Perneta. Em 1902, idealiza e funda o Colégio Santos Dumont, que fora premiado na Exposição Nacional de 1908 e visitado, em 1916, pelo próprio aviador. Exerceu, por décadas, o magistério, consagrando-se como educadora de gerações no Paraná. Pregou a adoção da ortografia simplificada, preocupada com uma alfabetização mais rápida: mudou seu próprio nome de Marianna para Mariana. Foi aguerrida defensora do feminismo, publicando, em 1933, A Evolução do Feminismo, obra ímpar para a época: um trabalho que tem de ficar em nossa história literária, disse Rocha Pombo. Fundou, ao lado da Baronesa do Serro Azul, uma loja maçônica, integrou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, de Bertha Lutz, e influenciou a fundação do Centro Paranaense Feminino de Cultura, em Curitiba, do qual foi centrista.