Quando decidiu escrever sobre ansiedade, o mundo ainda não conhecia a COVID-19. Mas, sob a antiga normalidade, Pondé entendia a ansiedade como um dos temas mais preocupantes e inquietantes para todos: dos seus jovens alunos universitários aos leitores mais velhos de suas colunas no jornal; de quem se via ansioso por uma falta de sentido na vida aos que mal tinham tempo para perceber isso. Somos todos ansiosos, dizia ele, com razão. À medida que escrevia e a pandemia se espalhava mundo afora, foi percebendo que a ansiedade havia se tornado um marco da nossa era com todos os tipos de medos provocados pelo vírus. O timing para o livro parecia perfeito assim como a sua intenção. A partir da filosofia, sua área de atuação, ele analisa como o comportamento e a cultura têm produzido e lidado com esse novo paradigma que é a ansiedade como perspectiva de mundo. Explica a nossa ansiedade contemporânea e aponta possíveis formas de lidar com ela. Pondé estuda algumas das inúmeras fontes do problema: desde as redes sociais e internet aos avanços da medicina, passando pela emancipação feminina, o desemprego e a competitividade no mercado de trabalho, fatores como o imperativo da felicidade, a coisificação das pessoas e o receio sobre o futuro da democracia. Até porque, segundo ele, a melhor forma de enfrentar a ansiedade é aceitar que ela jamais vai acabar e que atinge a todos nós. Se somos todos ansiosos, temos razão para sermos. Não se trata de um bando de idiotas ansiosos porque são bobos. Trata-se, antes de tudo, de um bando de ansiosos porque são informados. É um consolo...Quando decidiu escrever sobre ansiedade, o mundo ainda nao conhecia a COVID-19. Mas, sob a antiga normalidade, Ponde entendia a ansiedade como um dos temas mais preocupantes e inquietantes para todos: dos seus jovens alunos universitarios aos leitores mais velhos de suas colunas no jornal; de quem se via ansioso por uma falta de sentido na vida aos que mal tinham tempo para perceber isso. Somos todos ansiosos , dizia ele, com razao. A medida que escrevia e a pandemia se espalhava mundo afora, foi percebendo que a ansiedade havia se tornado um marco da nossa era com todos os tipos de medos provocados pelo virus. O timing para o livro parecia perfeito assim como a sua intencao. A partir da filosofia, sua area de atuacao, ele analisa como o comportamento e a cultura tem produzido e lidado com esse novo paradigma que e a ansiedade como perspectiva de mundo. Explica a nossa ansiedade contemporanea e aponta possiveis formas de lidar com ela. Ponde estuda algumas das inumeras fontes do problema: desde as redes sociais e internet aos avancos da medicina, passando pela emancipacao feminina, o desemprego e a competitividade no mercado de trabalho, fatores como o imperativo da felicidade, a coisificacao das pessoas e o receio sobre o futuro da democracia. Ate porque, segundo ele, a melhor forma de enfrentar a ansiedade e aceitar que ela jamais vai acabar e que atinge a todos nos. Se somos todos ansiosos, temos razao para sermos. Nao se trata de um bando de idiotas ansiosos porque sao bobos. Trata-se, antes de tudo, de um bando de ansiosos porque sao informados . E um consolo...