Inter Mirifica é o ponto de partida para os desdobramentos da relação Igreja-comunicação; supera a retórica da "proibição" para a defesa do direito à informação. Abre horizontes para a Igreja mudar seu comportamento e considerar a comunicação como fator importante para a sua missão no diálogo com a sociedade contemporânea. Vivemos, nestes últimos anos, uma evolução histórico-tecnológica no conceito de comunicação, verificamos que de "meios de comunicação social" passamos para "comunicação social" e, finalmente, chegamos à "cultura da comunicação" com um novo modo de relacionar os processos simbólicos e as formas de produção e distribuição dos bens e serviços. O documento reafirma o ser humano como um ser de comunicação na comunidade e inicia o processo de conceber a comunicação para além dos aparatos midiáticos, para compreendê-la simultaneamente como um processo, um conteúdo e uma rede.