Os recentes desenvolvimentos científicos e tecnológicos em torno da formulação das novas tecnologias recolocam em discussão o problema da Interação do homem-máquina. As ciências cognitivas formulam a todo momento teorias e tratados sobre os processos de interação. Observa-se, nos últimos anos, um verdadeiro questionamento científico e filosófico, que sacudiu profundamente as teorias do conhecimento e as visões do mundo. Para melhor compreender essa verdadeira revolução que a informática introduziu em nosso cotidiano, parte-se da filosofia, da didática, da psicologia cognitiva e das técnicas de interação. O objetivo desta obra é propiciar aos leitores, pesquisadores, educadores e estudantes uma reflexão mais ampla dos caminhos e atalhos no processo de interação homem-máquina. Acredita-se que as contribuições significativas da filosofia e da psicologia são caminhos que devem ser percorridos na tentativa de se compreender todas as variáveis que envolvem o IHC. Os textos que compõem esta obra não expressam apenas uma concepção tecnicista sobre IHC; tratam essas interações a partir de vários referenciais. Portanto, este estudo propõe uma abordagem numa perspectiva epistemológica mais ampla sem ficar restrito à questão técnica. O volume é dividido em sete capítulos. No primeiro capitulo é apresentada uma reflexão didático-filosófica das relações entre o homem e a tecnologia, na busca de compreender os principais fatores que vão influir nas relações do homem com a tecnologia. O segundo capítulo busca, no referencial teórico da psicologia cognitiva, os princípios e fundamentos da cognição humana e apresenta as principais correntes da psicologia cognitiva, visando levar o leitor a uma compreensão dos fenômenos e processos IHC. O terceiro capítulo busca, nas engenharias semiótica, cognitiva e de usabilidade, a base teórica dos processos de interação aplicados à informática, onde são tratadas as principais questões que envolvem as técnicas e tecnologias no desenvolvimento de interfaces. O quarto capítulo apresenta os principais conceitos de interfaces e suas particularidades e características, procurando conceituar e diferenciar o que é interface, e que é interação. Neste capítulo são apresentados os paradigmas da comunicação homem-máquina, tendo como objeto de estudo as questões da Usabilidade e Comunicabilidade. O quinto capítulo trata da questão da interação sobre a ótica da linguagem natural e da linguagem de comando e nele são apresentadas as principais técnicas de interação e de desenvolvimento de interfaces. O sexto capítulo apresenta os modelos e as técnicas de modelagem tendo como princípio e regra Guidelines, onde se discute a questão da análise e da Modelagem de Usuários, bem como os procedimentos para condução da análise de usuários, Modelagem de Comunicação, Análise e Modelagem de Tarefas, Design baseado em cenários, e procedimentos para a condução da análise de tarefas. Finalmente, o sétimo capítulo aborda o emprego das ferramentas de apoio à construção de interfaces e discute os processos de avaliação, testes, usabilidade e comunicabilidade e Prototipação de interfaces.