Uma infância marcada pelo vazio de uma família quebrada. Uma criança sozinha num silêncio interminável, uma mãe ausente e um pai distante afectivamente. Esta é uma viagem à infância, uma viagem circular, porque não existe saída de semelhante passado. Fluindo numa linguagem naïve e quase subconsciente, surge assim o retrato da infância de uma criança proibida de amar, relegada para o plano dos objectos incómodos e inúteis. Esta é uma carta a todos os pais e a todas as crianças, mas é fundamentalmente uma homenagem à criança. Para que o mundo não esqueça que o amor é a linguagem universal, ou pelo menos a linguagem do universo das crianças. Mesmo quando os pais se odeiam... Maria Joã Saraiva de Menezes nasceu no Porto em 1971. Viveu no Minho, donde a família paterna é originária, durante a infância e adolescência. Durante três anos viveu em Macau, onde frequentou o 1º ano do curso de Direito. Mora em Lisboa desde há nove anos, onde se licenciou em Filosofia, pela Universidade Católica Portuguesa, em 1998. É professora de Filosofia do ensino secundário. Tem publicado poesia e prosa em jornais e revistas literárias, tendo ganho alguns prémios de distinção. Vive em Lisboa, é casada e tem uma filha e um filho.