Nós, leitores, queremos é boa poesia e isso é o que não falta em Entre cão e lobo, livro de estreia de Edmilson Borret. [...] Sem negar influências dos nossos grandes poetas (especialmente Drummond e João Cabral de Melo Neto), o autor resolve-se nessa gramática própria, que serve ao lirismo, jamais à pieguice. [...] O autor extrai sua poesia, quase suja, sem sentimentalismos, como quem espreme um limão verde a fim de colher esmeraldas prontas para serem lapidadas pelo verbo e, depois, nos espetarem o olhar, e o cenho, e a boca, e o queixo. [...] Permita que a poesia de Edmilson Borret liberte a poesia que você tem dentro de si e que, muitas vezes, só não diz “presente” porque não foi convocada.