Pela primeira vez descoberto e publicado, Bryan Maupassant, autor desconhecido - ou não - e oculto em sua máscara de mistério, envolto em seu anônimo manto, abrindo o portal do inferno que desnuda seu negro espírito de escrita branca, diante da inquieta literatura que liberta fantasmas e acorrenta leitores. Bryan Maupassant dá o primeiro impulso para que o leitor invada a sua fornalha de palavras que incendeiam os olhos, perturbam a mente e estremecem os ossos. A morte, para ele, é o grande sentido da vida. E da criação. Das inúmeras teorias científicas e místicas que tentam justificar o que é morrer - rótulo criado para nomear o que não conhecemos e nos atormenta - Bryan mostra, através de suas histórias, o difícil linear entre as fronteiras que dividem a loucura da razão, a realidade da ilusão, a verdade do mito, a vida da morte. A mesma morte que - provavelmente - jamais conseguiremos entender. Em torno de seu ocultismo, Bryan faz questionar o anonimato, causando a inquiridora pergunta de quem ele realmente é - e ao mesmo respondendo por si: atrás de todo ser inexiste de verdade, existe alguém de mentira. Suas páginas arrastam para jornadas subterrâneas - como Ades, o deus do inferno, passeando em sua carruagem ao encontro de Perséfone, sua rainha - provocando infinitas especulações e assombrações que brotam feito ervas daninhas no imaginário, conscientizando-nos de que um dia todos morrerão, mesmo que isso apavore ou seja indecifrável.A Carruagem da morte é o primeiro de uma série de oito livros e o gênero é a literatura de horror.