Depois daquela noite, quando não a encontrou mais, abraçou a solidão como uma amante apaixonada abraça sua amada. Na casa desse homem habitava o silêncio e a tristeza. Uso várias máscaras, conforme a ocasião e a necessidade. Não queria mais esconder o que colhera do tempo e da vida: melancolia. Acreditava que tudo estava interligado, geminado, algemado e acorrentado e que os seres humanos vivem simbioticamente. Paralisada, via tudo aquilo com uma profunda inveja. Quisera um dia fazer parte daquele mundo. Para ele, era melhor não ter do que perder. Era capaz de se erguer, seguir em frente apoiado em sua crença de que a sociedade não ama os perdedores.