No âmbito das Relações Internacionais hodiernas, a China apresenta-se cada vez mais activa, coadjuvada pelas relações de cooperação que tem encetado gradualmente. Nesse sentido, as parcerias com o continente africano ajudam a consolidar essa posição. Por esse motivo elegemos esse relacionamento como objecto de estudo, procurando proporcionar um modesto contributo para uma matéria actual que poderá revolucionar o modus operandi das relações de cooperação entre os designados países do Norte e Sul e Sul-Sul. O objectivo fundamental é contribuir para a reflexão sobre o paradigma das relações de cooperação Sul-Sul na conquista do desenvolvimento. A Cooperação China-África assume duas modalidades: uma multilateral, que abrange o conjunto dos países envolvidos nos Fóruns de Cooperação, e uma bilateral, que concerne ao relacionamento que a China desenvolve com cada um deles. Sobre esta última modalidade, dedica-se especial atenção às relações entre a China e Angola. O ponto de partida incide na política externa chinesa e a sua projecção de poder em África, uma vez que o país asiático assume-se como principal agente de intervenção numa cooperação que se quer mutuamente benéfica. E é precisamente sobre este aspecto que dedicamos urna análise crítica de molde a contribuir para a explicitação de algumas questões que este relacionamento coloca.