O presente livro traz uma original e instigante análise da teoria cartesiana da mente. O autor incursiona pela obra de Descartes, a fim de respaldar a tese que propõe: as máquinas não podem pensar, porque são constituídas apenas de matéria, cuja essência é ser extensa. Destituídas de um "eu", as máquinas são autômatos artificiais que se movem segundo as leis da mecânica. Porque não pensam, as máquinas são incapazes de falar (compor discursos) e de agir livremente. Por isso, a validade do argumento cartesiano não depende do avanço da ciência nem do estágio de desenvolvimento tecnológico. Esta é a razão pela qual Descartes é um filósofo atual.