Para não ficar em desvantagem diante da turma, principalmente dos meninos, diga-se de passagem, Bimba, 15 anos, passou a inventar muitas mentiras, a fingir ser uma pessoa que não era. Fazia e acontecia. E, acima de tudo, inventava. Inventar, aliás, era a grande especialidade dele. As meninas não resistiam ao seu charme, os colegas temiam e admiravam a capacidade que ele tinha de se dar bem em absolutamente tudo, enfim, logo Bimba se transformou na maior celebridade da escola. Um dia, porém, nosso herói se vê cansado desse excesso de fingimento. Afinal, não dá para sustentar tantas mentiras durante tanto tempo. Sem coragem para revelar toda a verdade, sem um amigo de verdade para desabafar, ele resolve digitar sua própria história. E foi diante de um cúmplice silencioso, o computador, que o famoso personagem deixou de existir para sempre.