A investigação sobre o uso e a posse da terra nas diversas regiões do Brasil, na perspectiva histórica, tornou-se atualmente empenho de muitos pesquisadores. A questão é que estes grupos, atualmente, são postos em destaque por suas especificidades, tais como: a forma própria de uso e posse da terra, o aproveitamento ecológico dos recursos naturais, o cultivo da vida comunitária e a preservação da memória comum. Os sem-terra não são considerados como povos tradicionais, mas sua história é contada, diariamente, por meio de jornais, das reportagens publicadas nas revistas de circulação nacional e dos programas de rádio e televisão. Analisando os textos publicados nos meios de comunicação, todavia, percebemos o seu caráter fragmentário, isto é, raramente representam histórias completas, narrativas que tenham começo, meio e fim.