O interesse na temática dos megaeventos ganha destaque no Brasil na medida em que o país insere-se na rota dos megaeventos esportivos internacionais, a exemplo da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Apesar de parecer um fenômeno recente, o “olhar do mundo” para o Rio de Janeiro e ao país em função de megaeventos (e suas repercussões espaciais) tem origem no início do século XX, na então “Paris dos Trópicos”. Fábio Molina mostra a relação desse tipo de iniciativa com o processo de produção – social e histórica – do espaço urbano desde a Exposição Nacional de 1908, seguido de outros que se mostraram significativos e relevantes. Esta obra vem, em momento oportuno, preencher uma lacuna observada na produção bibliográfica sobre o tema “megaeventos e a cidade” pautada na análise da dinâmica espacial sobre o fenômeno de forma ampla e na dimensão histórica do processo, interessando aos estudiosos de diversas áreas, como geografia, sociologia, história, arquitetura, urbanismo, entre outras.