É uma pesquisa que detém todas as características essenciais de originalidade, pois parte da problemática de que maneira a Teoria do Direito lida para tentar solucionar o mosaico de problemas da complexidade ambiental, tais como efeitos transtemporais, transfronteriços, invisíveis, imprevisíveis, transdisciplinares, multidimensionais, globais, interconexos e vários outros. A obra reflete um processo contínuo e em movimento, e o diálogo com outras áreas e fontes diversas ampliou os horizontes e fortaleceu a inquietação da proposta de enfrentar o problema da insegurança no Direito Ambiental, cujo aporte da complexidade serviu como verdadeira revolução paradigmática. As tensões foram se agravando, os conflitos entre segurança e insegurança se tornaram mais efetivos na pesquisa e tiveram, principalmente, envolvimento pessoal da pesquisadora. A Jurisprudência Ambiental, os Diálogos de Complexidade e a Relação Jurídica Continuativa aplicada ao Direito Processual Ambiental foram exemplos práticos examinados pela autora para comprovar as necessidades de novas bases de conhecimento da Teoria do Direito a fi m de entender e fazer valer a juridicidade ambiental. É raro encontrar uma obra jurídica no Direito Ambiental brasileiro que parte de um problema tão desafiador e ousado, e, ao mesmo tempo, possui uma ótima fundamentação de conteúdo para tentar traçar um novo panorama epistemológico voltado a atender às exigências da juridicidade ambiental. Este livro não é apenas uma exótica compilação de vários autores que trabalham na fronteira do conhecimento para nos apontar uma crise de civilização sem precedentes, mas um manual do qual o jurista do futuro vai ter que se valer para, se não resolver, ao menos melhor diagnosticar os problemas e para indicar o melhor remédio jurídico que possa compreender os fenômenos que já nos atingem.