Sabemos que a arte de contar histórias é milenar. Mesmo antes de a escrita ser codificada em cartilha e ser oficialmente estabelecida em forma de livros, já existia a salutar prática de transmitir às gerações posteriores importantes lições de vida. Durante milênios, a única forma de comunicação existente era a oral. Ao sentarem ao redor do fogo no apagar das luzes, nossos ancestrais se reuniam cotidianamente para relatarem suas façanhas do dia e planejarem as ações do dia seguinte. Mais tarde, as impressões obtidas foram eternizadas em desenhos encravados nas rochas das cavernas. Essas evidências nos levam a crer que a menos que saibamos como viajar de volta ao passado, chegaremos ao futuro sem o devido preparo — a indispensável bagagem que nos identificará como entidade racional. Infelizmente, o homem moderno — que já ultrapassou a barreira do som e fala em velocidade da luz, dispõe de pouco tempo para contar e muito menos para ouvir histórias. Ainda que a psicopedagogia tenha sobejamente reconhecido da importância dos contos na formação infantil — de se ler para e com as crianças, os adultos ainda teimam em fazê-lo. Saibamos que o prejuízo é tanto para os infantes quanto para os crescidinhos. Quando deixamos de compartilhar uma experiência, essa perde o efeito sobre nós mesmos. Nesse sentido, relembrar é, sem dúvida, crescer! Causos de Amor e Desamor quer não só fazer parte desse processo de interação, mas especialmente de crescimento, tocando no âmago do sentimento rei: o amor! O amor ou a falta dele (desamor) está impregnado em cada elemento que compõe uma história; ou melhor, os motivos dos personagens da específica história. Para tal, o autor não poupa o uso de provérbios, ilustrações ou parábolas. Já que ele embarcou numa viagem imaginária ao passado, e coloriu o cenário com elementos reais e fatos históricos, ele convida os leitores a dar rédeas soltas à imaginação, e assim, fazerem uma ótima viagem, trazendo em seu bojo proveitosas lições de vida.