Este livro aborda em grandes linhas o desenvolvimento histórico das concepções da imago medieval e as práticas rituais (religiosas, políticas) e fantasmáticas de que as imagens foram objeto desde a Alta Idade Média até o Renascimento e a Reforma. Às imagens materiais, em duas ou três dimensões, o autor associa as imagens visionárias e oníricas, que as legitimavam e permitiam que fossem apropriadas como se se tratassem de pessoas vivas, dotadas de corpo e sangue, de palavra e movimento... °°°A imagem nunca foi apenas uma "obra de arte", nem muito menos uma "ilustração" dos textos. Ela é uma das formas pelas quais uma sociedade re-presenta o mundo, isto é, torna-o presente para pensá-lo e agir sobre ele. É o intuito deste livro demonstrá-lo.