As cores cobrem a parte visível das coisas, mas o vermelho é a cor que habita o interior oculto de nossos corpos. Essa tensão entre superfície e profundidade perpassa este livro e revela a própria condição paradoxal da poesia. Apesar de uma aguda consciência de linguagem, Aguinaldo Gonçalves produz uma “poesia bêbada de si”, nas palavras de Arnaldo Antunes, que assina o prefácio. Vermelho tem forte aspecto imagético, graças às soluções gráficas elaboradas em parceria com João Candido de Carvalho. Prefácio Arnaldo Antunes Sumário Prefácio – Arnaldo Antunes a poema e Safonatureza do amor através das idadespoema a Baudelairea vingança de Arthur Rimbaudocasoimagemrespondendo ao poema “Rapto” de Carlos Drummond de Andradea lua mínguao chapéu de ValéryigniçãoLeminski:Arnaldob delineações do inconsistente (em quinze imagens)périplo do imemorial (em nove movimento)passos no jardim do medo (em três instâncias)c óstracoo sonho barroco de e. e. cummingscentopeiapresságioas amorasfloresamoras IIcompassosneste percursocaramujonatureza morta (com romãs e outras frutas)natureza vivano olho a luza unha no vácuo é espelholixo que não é lixopasso a passonas mesmas marcasespaçoflagro um luaoceanoque palavra é estaasas e sombras brancasainda