O poeta, ensaísta e tradutor José Paulo Paes fez da discrição e do comedimento uma forma de disciplina literária. Em seus ensaios - dos quais os mais representativos estão reunidos neste Armazém literário -, preferiu as questões inesperadasA obra ensaística de José Paulo Paes se fez como a sua poesia: com grandeza, mas sem alarde. Os ensaios incluídos em "Armazém Literário", coletânea organizada pela crítica literária e escritora Vilma Arêas, dão uma boa medida do amplo leque de interesses literários do autor, mas sobretudo da sua maneira original de, na crítica, instigar o leitor a ler ou reler os livros que ele comenta. Mestre da concisão e da objetividade no verso, José Paulo não precisava deixar de ser poeta na hora de se exercitar no ensaio. Os temas mais graves e complexos das obras de autores como Machado de Assis, William Blake ou Simone Weil são elaborados e investigados com fluência e elegância, como numa conversa com o leitor. Ao final do livro, o poeta deixa um pouco de lado o ensaísmo e envereda pelas memórias.A obra ensaística de José Paulo Paes se fez como a sua poesia: com grandeza, mas sem alarde. Os ensaios incluídos em "Armazém Literário", coletânea organizada pela crítica literária e escritora Vilma Arêas, dão uma boa medida do amplo leque de interesses literários do autor, mas sobretudo da sua maneira original de, na crítica, instigar o leitor a ler ou reler os livros que ele comenta. Mestre da concisão e da objetividade no verso, José Paulo não precisava deixar de ser poeta na hora de se exercitar no ensaio. Os temas mais graves e complexos das obras de autores como Machado de Assis, William Blake ou Simone Weil são elaborados e investigados com fluência e elegância, como numa conversa com o leitor. Ao final do livro, o poeta deixa um pouco de lado o ensaísmo e envereda pelas memórias.