Pensei em desfazer o rastro. Acabei tropeçando, caindo e fazendo com que vários livros tombassem sobre mim. Os livros pareciam vivos, como morcegos, como aves de rapina, pareciam ter pontudos bicos, dentes ou navalhas. Rastejei. Caí mais alguns níveis e mais outros até por fim chegar numa espécie de calabouço ou alcova. Ali não havia livros, apenas fragmentos de poemas escritos nas paredes, provavelmente com a força de unhas de dedos ensanguentados, versos soltos, que soavam familiares, mas até onde sei nunca antes escutados.