O desenvolvimento das câmeras leves deu um novo estímulo e uma maior liberdade aos cineastas que, desde a invenção dos irmãos Lumière, escolheram filmar os roteiros do real, captando o movimento da vida longe dos estúdios, sem dispensarem o rigoroso trabalho de escrita que toda obra de criação implica. De Dziga Vertov a Chris Marker, os nomes que marcam o longo percurso do documentário mostram a participação ativa do "documentário de criação" na elaboração e no desenvolvimento da linguagem cinematográfica. O autor analisa, em diferentes períodos da história - a imagem silenciosa, a imagem comentada, o som sincronizado, a imagem digital -, as particularidades de uma estética original. Esse livro traz ainda um capítulo sobre as tendências contemporâneas do cinema documentário que prolongam ou renovam uma arte, de agora em diante, planetária, como demonstra o importante anexo filmográfico no fim da obra.