Os cadernos de Malte Laurids Brigge são, na verdade, uma viagem em busca da existência sem deformações. O personagem Malte Laurids Brigge narra suas experiências e impressões pessoais, interpretando situações cotidianas sob uma ótica subjetiva e intimista. Com sensibilidade aguda, questiona fatos que costumeiramente não são analisados, refletindo sobre os fins últimos da vida e seu grande mistério - a morte. Brigge, que sofre da mesma doença que vitimou seu avô, "a coisa grande", como ele a define, conclui que a morte é solitária, particular. Essas circunstâncias culminam na epifania que o leva a afirmar, que a visão não é na verdade um dom inato, mas uma faculdade a ser buscada e cultivada no decorrer da vida