Este livro reúne dez ensaios de pesquisadores pertencentes a diversas instituições de educação superior do Brasil que tratam sobre o tema paradoxos e infinito. Tal tema situa-se na zona de fronteira, pelo menos, entre física, matemática, lógica e filosofia (da matemática, da lógica e da linguagem). Os estudos aqui oferecidos foram apropriados, resignados, deslocados e desenvolvidos a partir de outras áreas do saber, como psicanálise, literatura, artes plásticas etc. e propiciam um conjunto diferenciado de olhares sobre o tema do infinito, produzindo, deste modo, um caráter inconclusivo do mesmo e, por isso, também, bastante fecundo. As relações, interfaces e sobreposições dos ensaios não deixam de ser discussões que antecedem a filosofia a da linguagem de Wittgenstein, a qual Alfredo Veiga-Neto trata no prefácio intitulado Um desafio infinito, ao abordar o inefável e o indizível do Tratactus ao explicitar que os paradoxos seriam uma manifestação dos limites da linguagem.