O que têm um comum um formigueiro, o cérebro humano, as cidades e os modernos softwares? Todos são exemplos de sistemas auto-organizados que privilegiam as seqüências, em detrimento da lógica, e nos quais se dispensa a presença de um controle centralizado para haver ação. Surgem de um nível de elementos relativamente simples em direção a formas de comportamento mais sofisticados e por isso são chamados sistemas emergentes. Por meio de uma breve história de tais sistemas, Steven Johnson analisa pioneiros e pensadores que contribuíram para a construção dessa teoria, seja no terreno da biologia, da biofísica, do urbanismo ou do design de softwares. Além disso, esboça a gênese do comportamento emergente, que compreende desde crianças habilitadas para o controle mediado dos novos softwares até grupos de protesto que dispensam lideranças, a exemplo dos movimentos antiglobalização. Apoiado na analogia entre mundo biológico e cultural, o autor um dos grandes pensadores do ciberespaço antecipa o que seria uma revolução interativa, na qual o controle da tecnologia mudaria das mãos dos engenheiros de softwares para os usuários dos sistemas. Johnson combina insight e prosa envolvente para realizar o que muitos autores não conseguem: fazer com que o leitor se sinta inteligente, fornecendo a ele novos instrumentos com os quais compreender a tecnologia. Wired