Neste romance que trata sobre o processo cura - do corpo, do espírito, das crenças arraigadas nas culturas brancas e indígenas -, um médico, um feiticeiro e um escritor serão formados ao longo do texto, em travessias que correm paralelas, mas depois convergem. O ponto fulcral da convergência é a região do Amazonas, cuja história será trazida à luz e convertida, talvez, em metonímia da grande protagonista deste trabalho: a vastidão da natureza, em sua respiração vertiginosa, entrecortada pela violência do homem, e, no entanto, sempre de maior alcance, soberana, indevassável. Ao finalizar com a história do Acre e seus seringueiros, sua política devastadora como são todas aquelas que arrancam e destroem o que é propriedade da Terra e de seus habitantes primais, o romance consolida aquele que tudo indica ser o seu grande projeto, a força que o fez escrever-se, por um autor que se reduplica em seus narradores.