Os serviços de segurança privada vêm se expandindo cada vez mais nos últimos anos. Tal serviço é geralmente solicitado para reforçar a vigilância de espaços públicos e privados com a justificativa baseada no aumento da criminalidade, no medo da violência e na ineficiência da polícia. Entretanto os vigilantes privados não estão submetidos a regras e limites em suas ações assim como o estão os policiais. Dessa maneira, abrem-se espaços para atitudes arbitrárias e contrárias à lei que prevê ao Estado o monopólio legítimo da violência. Outra característica é o frágil controle do Estado sobre tais empresas que detêm um poder de polícia na esfera privada mas que está livre dos formalismos que protegem os indivíduos no espaço público. Neste trabalho é apresentada uma pesquisa sobre as empresas de segurança privada existentes em São Paulo. Procurou-se descrever a estrutura de funcionamento dessas empresas e identificar o que o Estado permite e quais os limites estabelecidos por ele para a atuação de tais empresas no mercado.