Combinando dados históricos e estatísticos com etnografia e observação direta, Oracy Nogueira analisa as relações raciais em Itapetininga do século XVIII ao XX. O padrão de discriminação racial desvendado - o preconceito racial de marca - é válido também para todo o país, de acordo com o autor, e contrasta com outros padrões, como o preconceito racial de origem nos Estados Unidos. Sua ideologia é ambivalente, pois à aparência misturam-se outros critérios de classificação, tais como a situação de classe e a distância social. Originalmente, o estudo integrou o volume Relações Raciais entre Negros e Brancos em São Paulo (organizado por Florestan Fernandes e Roger Bastide, em 1955), publicação que não chegou a tornar conhecido este estudo, apesar de sua consistência e marcante originalidade.