Na Buenos aires de 1975, Gullar viveu meses devotado e consumido pelo desejo de registrar no papel lembranças, imagens e fragmentos de um passado, como se fizesse uma 'viagem' onírica, mas profundamente realista, marcada pela dor e prazer. Hoje, o leitor vai saciar-se novamente com os versos 'sujos', mas absolutamente purificados de qualquer sentimento de censura. Sem maquiagem. Versos, reversos de um autor esfomeado pela busca da expressão. Ferreira Gullar 'mergulhou' em sua viagem de liberdade interior em pleno exílio e só dessa forma - deliberada e voraz - conseguiu criar um marco na poesia brasileira. Um verdadeiro manifesto que transcende o tempo, os limites, e surpreende e emociona a cada nova leitura.