Buscar novas e diferentes formas de compreender o direito, a partir da compreensão dos enunciados lingüísticos que dão forma às normas jurídicas, eis o objetivo central deste livro. Este trabalho, ao tomar como pressuposto a importância do aspecto pragmático, ou seja, a concreta utilização das normas jurídicas pelos participantes de uma determinada comunidade abre, em concreto, inúmeras possibilidades para uma melhor compreensão do fenômeno jurídico. O autor, Pablo Gubert, poderia ser chamado de um ‘inconformado’, no melhor sentido do termo, ou seja, daquele que não se conforma, que vai além, que se permite a ousadia. (Prefácio de Katya KOZICKI, Professora Adjunta da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, Diretora Adjunta do Curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.) O estudo que apresenta Pablo Gubert se situa em um outro nível. Ele visa a remontar às fontes da análise filosófica da linguagem jurídica, e se encarrega de apresentar ao leitor, passo a passo, a obra de Ludwig Wittgenstein e alguns de seus impactos, notadamente sobre o conhecimento e a determinação da norma jurídica, sobre as questões da existência e da essência do direito, sobre a possibilidade da objetividade. Posição saudável: chegou o tempo de redescobrir um autor tão importante e tão difícil como Wittgenstein, e de bem situar e compreender o aporte de sua filosofia na ciência jurídica. (Apresentação de André-Jean ARNAUD, Diretor Emérito de Pesquisa do CNRS, Centro de Teoria do Direito, Universidade de Paris X, Nanterre. Tradução Livre.)