Foi no século XVIII, em meio ao clima libertário da Revolução Francesa, que a música popular urbana eclodiu na França. Se nesse país o sentimento patriótico era fonte de inspiração para os novos gêneros musicais, em Portugal os acordes revolucionários que soavam no país próximo foram recebidos com receio e censura pelos governantes, e seriam as novidades originárias de suas colônias, sobretudo o Brasil, que garantiriam o entretenimento da população. Dos teatros de feira ao cancan, dos batuques de negros ao lundu e à modinha, José Ramos Tinhorão traça um interessante percurso que evidencia o papel determinante da mescla de culturas - seja entre povo e elite, no caso francês, ou entre metrópole e colônia, no caso de Portugal -, para o florescimento das novas tendências musicais. Partindo como sempre de vasta pesquisa e análise minuciosa, o autor revela, neste A música popular que surge na Era da Revolução, uma faceta pouco abordada desta passagem crucial da história moderna - a estreita ligação entre a virada revolucionária e o advento da música popular urbana.Foi em meio ao clima libertario da Revolucao Francesa de 1789 que a musica popular urbana eclodiu na Franca. Mas se nesse pais o sentimento patriotico era fonte de inspiracao para os novos generos musicais, em Portugal os acordes revolucionarios foram recebidos com receio e censura pelos governantes, e seriam as novidades originarias de suas colonias, sobretudo o Brasil, que garantiriam o entretenimento da populacao. Este novo livro de Jose Ramos Tinhorao traca um interessante percurso que evidencia o papel determinante da mescla de culturas - seja entre povo e elite, no caso frances, ou entre metropole e colonia, no caso de Portugal, para o florescimento das novas tendencias musicais.