Fernanda tinha apenas seis anos quando ficou doente. Aos onze, internada para tratar de uma doença grave, começou a escrever um diário com a intenção de que se transformasse em livro. Nele a menina conta a história da Rua Número 12, das aventuras que viveu lá com seus amigos, do senhor Francisco, que viu a Morte doze vezes (por isso a rua ganhou o apelido de Rua Número 12) e fala sobre sua vida no hospital. É lá que Fernanda conhece seu anjo da guarda, Pedro, que também está internado e com quem troca muitas alegrias e algumas tristezas. Fernanda fala de suas experiências e do presente; nada fala do futuro. Sabe apenas que será feliz.A Rua Número 12 pode se encaixar na categoria de "sick-lit", que abrange livros dirigidos a adolescentes e jovens cujo tema gira em tornode depressão, doenças, morte etc. Emerson Machado retoma o tema doação de órgãos de forma mais profunda. Agora a pessoa que necessita de uma doação é a própria narradora. De forma leve, às vezes divertida, mas sempre muito sensível, ela nos leva para o universo das incertezas que as doenças muitas vezes provocam. Mostra que cada ser humano é único e que a felicidade depende do modo como se enfrentam os problemas.