A pesquisa sobre o cotidiano da Educação Infantil nos têm possibilitado caracterizar as dimensões presentes na prática pedagógica; mapear a atuação dos professores; conhecer as percepções dos docentes sobre os inúmeros aspectos ligados à formação da criança. Adotar uma escuta atenta e dar voz a todos os que participam do projeto educativo que cerca o aluno favorece o exercício constante de aceitação do outro, além de estimular uma prática docente menos solitária e mais solidária. A partilha de diferentes saberes contribui para um clima de respeito e confiança na comunidade escolar, reforçando a idéia de que a criação de um ambiente de diálogo e tolerância pode representar um dos elementos sob os quais toda a educação deveria se assentar. Talvez possamos pensar que a valorização daquilo que as crianças trazem de seu contexto para dentro da escola, dando relevo às experiências por elas vividas, estimulando a participação, incentivando os avanços por elas conquistados, pode representar um ponto de partida promissor quando se trata de promover uma educação que assume o desafio de estar em constante superação e atualização de um ideário pedagógico que coloque no centro o estudante e seu papel ativo na aprendizagem e auto- formação. Nessa perspectiva, o papel da educação infantil é fundamental no que se refere a estimular a curiosidade, desenvolver a imaginação, promover o protagonismo infantil, incentivar o brincar e a integração entre os pares. Talvez analisar sistematicamente a forma como tais práticas se projetam sobre os alunos, possa tencionar e problematizar o próprio professor, que, retirando destes dados suas opções e recursos pedagógicos poderá aprimorar continuamente tanto o processo de construção de conhecimento das crianças a ele confiadas, quanto refinar a própria atuação docente, criando novos modelos de desenvolvimento humano baseados em ciência, inclusão social e cuidado do meio ambiente.