Só o que é pessoal é eternamente irrefutável, dizia Nietzsche. Essa obra busca apresentar não o sistema, mas a experiência pessoal de Plotino, dando tanto quanto possível a palavra ao mestre espiritual e ao diretor de consciência. Trata-se evidentemente da união mística, fato inefável, surgindo em momentos privilegiados, que abala toda a consciência do eu, fazendo com que experimente um sentimento de presença indescritível. Plotino a descreve em páginas líricas e palpitantes consideradas como as mais belas da literatura mística universal. Mas trata-se também da doçura serena de um filósofo que, ao mesmo tempo que vive da vida do espírito, pode permanecer presente para si mesmo e para os outros, e assumir as preocupações e responsabilidades da vida cotidiana.