Esta obra se dedica a refletir sobre a mídia e sua crescente relevância para as sociedades contemporâneas, a partir das relações que esta estabelece com o que a autora sinaliza como o fenômeno do pânico. O pânico é entendido na obra como sendo um quadro midiático específico que, tendo raízes na cultura (e nas sombras civilizatórias), pode ser identificado pela recorrência aos seguintes temas ligados ao núcleo mítico do deus Pan - o uso restritivo da imagem e sua espetacularização, a saturação informativa, a crescente virtualização do corpo na comunicação e a presença marcante da violência na mídia. Propondo que as formas de exercer a mediação sejam repensadas pelos meios de comunicação sociais contemporâneos, este trabalho chama a atenção para o que se poderia definir como uma crise cultural e midiática de enormes proporções