“Uma poesia vivida como o único e último espaço de liberdade possível para uma geração que aprendeu a amar sob o efeito da aids, do pânico, da violência, da imagem brutal dos excluídos. Um texto forte, corajoso, incrivelmente belo, de escrita madura, que define, sem a menor dúvida, Cláudia Roquette-Pinto como uma das grandes expressões da poesia contemporânea.” Assim Heloísa Buarque de Hollanda conclui o prefácio ao quarto livro de poemas da autora, vencedor do Prêmio Jabuti. Prêmio Jabuti de Poesia 2002 Sumário Até onde a respiração me leve – Heloísa Buarque de Hollanda Corola O dia inteiroSuspenso na redeDe mãos postasNada,Sob o fermentoAmor-emaranhadoÁrvore de fogoPor que você me abandonaO que não falaPágina ocaNão no sonoDesprego as estrelasMeteorosAinda úmidasConhecerAté ondeDentro do pescoçoO azulO princípioA serraEntão é issoNão a gargantaMargaridasO espelhoCéu fixoTeia de aranhaVencidaDaliPequeno pássaroFugitivaEscritaQuemSe cada horaO solavancoTubérculos nos joelhosUma corA notíciaA orla brancaNa horaQue luz azulDa bandaO que mora em minha bocaOs saposPrimeiro as franjasCães que uivamFeijões arrancadosO torneadoO Náufrago