Podemos destruir alguém apenas com palavras e olhares subentendidos? Sim. A isto damos o nome de violência perversa ou assédio moral. De forma a analisar passo a passo como essa violência insidiosa se processa por palavras, gestos, ações ou omissões, a autora levanta também um alerta contra toda tentativa de banalização da violência. Assédio Moral - A violência perversa no cotidiano descreve detalhadamente o processo que se instaura e se desenvolve nos mais diversos grupos e locais: na relação casal ou interpessoal, as formas pelas quais um vai enredando, desestabilizando o outro e assumindo o domínio e o controle; na família, onde com um "é para o seu bem", crianças vão sendo anuladas e despossuídas de tudo que é mais vivo e vital; nas empresas, públicas ou privadas, em que o chamado assédio sexual, hoje tão enfocado na mídia, é apenas uma das formas pelas quais um empregado é tornado joguete de mecanismos perversos que a cinicamente rotulada "flexibilização" do trabalho exacerbou e o fantasma do desemprego hoje alimenta. A obra em questão interessa aos que trabalham na área psi, médicos do trabalho, dirigentes, em qualquer nível, das empresas, ao profissional que trabalha em qualquer setor de relações humanas no trabalho e na família, a todo aquele que se interessa por ver extinto em nossa sociedade tudo que hoje a violenta e des-humaniza. A AUTORA Marie-France Hirigoyen é psiquiatra, psicanalista e psicoterapeuta de família. Sua formação em vitimologia, na França e nos Estados Unidos, levou-a a realizar pesquisas sobre assédio moral. Participa, além disso, dos estágios de formação abertos a médicos do trabalho, bem como a quadros executivos de empresas públicas e privadas.