Em um texto sensível, São Paulo colonial: sua gente e seus costumes" descreve a trajetória singular da capitania de São Paulo de Piratininga no período de colonização impossibilitada de cultivar produtos que interessassem à metrópole, essa capitania voltou-se para a captura de indígenas nos sertões. Voltou-se para o interior da América portuguesa. Com o apoio de belas imagens, o livro apresenta um retrato da formação histórica paulista, estruturada no desbravamento dos sertões, empreendido por homens em busca de indígenas para lavrar a terra e carregar mercadorias entre o planalto e o litoral. Além de chamarem a atenção para o papel dos indígenas nessa sociedade estamental escravista, as autoras comentam a dificuldade de diversos homens e mulheres para encontrar um lugar específico nessa estrutura social livres pobres, exerciam variadas atividades para sobreviver, eram pequenos roceiros, pescadores, padeiras. Retratando seus distintos personagens e descrevendo suas ocupações, procura-se reconstituir o cenário da São Paulo colonial, rica em matéria de relações e de sutilezas.