Este livro propõe uma ponte imaginária e transtemporal entre a experiência de aulas de Arte vivida por jovens adolescentes nos anos 40 no campo de concentração de Theresienstadt e as experiências de trabalhos desenvolvidos, aqui, no Brasil, com jovens adolescentes da mesma faixa etária, que vivenciam situações de desigualdade e vulnerabilidade social em condições psicossociais absolutamente desestruturantes. O objetivo desta obra é mostrar que estas pontes no tempo e no espaço ocorrem, e paralelos podem ser intuídos e tecidos como um delicado tear invisível condutor de identificações, espelhamentos e empatias. Nosso intuito ao compor este livro foi o de deixar um registro de como a Arte, especialmente quando guiada por profissionais sensíveis e conhecedores da sua possibilidade de promover a expressão da sensibilidade, dos sentimentos e das percepções de cada um, pode incentivar a imaginação, a criatividade e a comunicação inter-subjetiva. Mas, muito especialmente, a Arte [...]